rasguei-te a pele com os dentes,
mordi-te coração e cuspi-o,
limpei a boca e segui.
29.11.12
Mongólia - confirmado!
(a menos que me aconteça algo até lá ou que a expedição seja cancelada)
3 comentários:
João L.
disse...
Manual de sobrevivência na Mongólia: (este manual pretende dar respostas simples e eficazes a situações comuns que podes encontrar).
1. No meio da planície, subitamente, vês uma manada de cavalos selvagens a correr na tua direcção. Calma. Podia ser pior; se ali estivesses há 900 anos atrás poderia ser o exército de Genghis Khan ou, até, poderias estar em frente à assembleia da república numa manif a sofrer uma carga policial.
2. Ah Portuguesa? Figo! Cristiano Ronaldo ! Convém estar a par destas coisas elementares. Quando descobrem que somos portugueses, nalguns países pronunciam orgulhosa e imediatamente estes nomes como demonstração de afabilidade. É aconselhável dizer uma tolice qualquer (sempre a sorrir) como, por exemplo, “ah eu prefiro o Figo”
3. Estás perdida na estepe mongol. Bates à porta de uma tenda. Olhe faxavor para o deserto do Góbi? A mulher que vem à entrada não te liga peva, tem uns bifes no leite de cabra ao lume e está com pressa. A solução expedita é telefonar ao Miguel Relvas (não esquecer levar o número do tlm). Ele conhece alguém, que conhece alguém, que jantou uma vez com um tipo, que era primo de uma meia-irmã da parte da mãe do tipo que conduz a camioneta que passa aí onde está às Quartas-feiras à tarde.
4. Está muito calor. Está tanto calor que nem consegues pensar. Sentar calmamente, abrir a mochila e buscar o conforto na leitura refrescante de um livro sobre Agricultura, pescas e organização do território de Aníbal C. Silva prefaciado por Assunção Cristas.
5. Estás no meio de uma zaragata. Há um arqueiro que, inadvertidamente, acertou no cavalo do vizinho. Estava a bater-se à fotografia que tu tiraste. A coisa está feia. Começando baixinho e sempre a aumentar a intensidade começas a cantar aquele anúncio da Optimus passado em Trás-os-montes: all together now, all together now, alltooooogeeeeether noooooow wwwww... Alternativamente, e com muita calma, levas a mão ao bolso, tiras o telemóvel e passas um discurso de Vítor Gaspar. Em cerca de dois minutos os ânimos acalmam e ficam todos a dormir (não esquecer levar uma pequena gravação). A segunda pode ter efeitos secundários em ti própria como ficar com os cabelos em pé e com uma raiva a nascer nos dentes. E isso, dadas as circunstâncias, é desaconselhado.
6. Está calmamente a escalar uma montanha muito íngreme num local remoto e, às tantas, a meio da subida, chegas a um patamar onde está um mongol sentado que te pergunta: qual é a análise que faz do desempenho do seu governo e do primeiro-ministro em particular?
Manter o sangue-frio, apesar de tudo estás ali à beira de um precipício. Respirar fundo e educadamente dizer que quando chegares a casa lhe mandas um email detalhado sobre o assunto.
3 comentários:
Manual de sobrevivência na Mongólia:
(este manual pretende dar respostas simples e eficazes a situações comuns que podes encontrar).
1. No meio da planície, subitamente, vês uma manada de cavalos selvagens a correr na tua direcção.
Calma. Podia ser pior; se ali estivesses há 900 anos atrás poderia ser o exército de Genghis Khan ou, até, poderias estar em frente à assembleia da república numa manif a sofrer uma carga policial.
2. Ah Portuguesa? Figo! Cristiano Ronaldo !
Convém estar a par destas coisas elementares. Quando descobrem que somos portugueses, nalguns países pronunciam orgulhosa e imediatamente estes nomes como demonstração de afabilidade. É aconselhável dizer uma tolice qualquer (sempre a sorrir) como, por exemplo, “ah eu prefiro o Figo”
3. Estás perdida na estepe mongol. Bates à porta de uma tenda. Olhe faxavor para o deserto do Góbi? A mulher que vem à entrada não te liga peva, tem uns bifes no leite de cabra ao lume e está com pressa.
A solução expedita é telefonar ao Miguel Relvas (não esquecer levar o número do tlm). Ele conhece alguém, que conhece alguém, que jantou uma vez com um tipo, que era primo de uma meia-irmã da parte da mãe do tipo que conduz a camioneta que passa aí onde está às Quartas-feiras à tarde.
4. Está muito calor. Está tanto calor que nem consegues pensar.
Sentar calmamente, abrir a mochila e buscar o conforto na leitura refrescante de um livro sobre Agricultura, pescas e organização do território de Aníbal C. Silva prefaciado por Assunção Cristas.
5. Estás no meio de uma zaragata. Há um arqueiro que, inadvertidamente, acertou no cavalo do vizinho. Estava a bater-se à fotografia que tu tiraste. A coisa está feia.
Começando baixinho e sempre a aumentar a intensidade começas a cantar aquele anúncio da Optimus passado em Trás-os-montes: all together now, all together now, alltooooogeeeeether noooooow wwwww...
Alternativamente, e com muita calma, levas a mão ao bolso, tiras o telemóvel e passas um discurso de Vítor Gaspar. Em cerca de dois minutos os ânimos acalmam e ficam todos a dormir (não esquecer levar uma pequena gravação).
A segunda pode ter efeitos secundários em ti própria como ficar com os cabelos em pé e com uma raiva a nascer nos dentes. E isso, dadas as circunstâncias, é desaconselhado.
6. Está calmamente a escalar uma montanha muito íngreme num local remoto e, às tantas, a meio da subida, chegas a um patamar onde está um mongol sentado que te pergunta: qual é a análise que faz do desempenho do seu governo e do primeiro-ministro em particular?
Manter o sangue-frio, apesar de tudo estás ali à beira de um precipício. Respirar fundo e educadamente dizer que quando chegares a casa lhe mandas um email detalhado sobre o assunto.
hahahahahahahahahahahahahaha depois disto, antes da mongólia ainda passo pela lousã só para beber uma cerveja contigo e rir à gargalhada! bjs
acho que vais precisar de uma máquina fotográfica e uns filmes... =P
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