a vida de x tem sempre uns laivos de disparate. de nonsense. de imprevisto. e de impulso, mas agora o universo está a ser particularmente impiedoso, imprudente, e desconcertante. e x confessa que nao sabe muito bem o que fazer com o reboliço que agora tem por dentro. nem sabe o que fazer com a memórias que insistem em voltar so porque sabem que o seu lugar está a ser ocupado por coisas novas. o que x sabe é que o amanha é uma página em branco.
rasguei-te a pele com os dentes, mordi-te coração e cuspi-o, limpei a boca e segui.
31.12.23
x nao sabe como sera o ano que esta a chegar. mas sabe que há decisões que tem de ser tomadas. e palavras que tem de ser ditas. e passos que tem de ser dados. x sabe que chegou a hora. e x sabe também que tem medo. um medo novo. mas que resulta de coisas que não são de hoje. um medo alicerçado na memória do corpo estilhaçado em mil pedaços.
15.12.23
aconteceu muita coisa em 2023.
mas 2023 foi, sobretudo, um ano de constatações, de cortes radicais, de limpezas e de pessoas e coisas novas a germinar.
2023 foi, também o ano, em que x voltou à vida.
foi o ano em que x disse adeus. em que x viu que há sítios que já não nos chegam. e pessoas que já não são.
2023 foi o ano em que x voltou a sentir. e a querer. tanta coisa.
mas, apesar de tudo o que de bom e mau aconteceu, 2023 será sempre o ano em que x viu o concerto mais bonito do mundo num dos sítios mais bonitos do mundo.
e foi, também, o ano em que x perguntou "vamos?" e as pessoas que mais importam a x responderam "vamos!".
2023 foi o ano em que x voltou a sentir-se acompanhada, ainda que as companhias de x sejam muito, muito, muito restritas.
4.12.23
Subscrever:
Mensagens (Atom)