28.11.11

detesto o trabalho do Dalí - as formas as composições o imaginário, até as cores. e detesto, sobretudo, porque tenho a permanente sensação que tudo o que ele fez tem mais de provocação entre o vaidosa e o arrogante do que de profundidade. embora por razões diferentes, tenho com o Dalí a mesma relação de ódio visceral que tenho com o David Cronenberg. mas devo reconhecer que têm ambos uma qualidade notável - despertam em mim instintos violentíssimos. 

2 comentários:

RM disse...

eu gosto, mas acho que tu já sabes disso :)

Gosto de pessoas e artes que sabem o que fazem, e a provocação é para mim a forma mais sincera de dizer: há algo de errado aqui e eu, não mudador de coisa alguma, vou tentando remexer os dados. Pintar à medida que se vai vendo o mundo girar faz para mim, por isso, algum sentido.

Não sou no entanto adepto de arrogância, extravagância, luzes de holofotes e coisas que tais. Mas dado a escolher prefiro isso a falsa profundidade.

Por outras palavras detesto ribaltas, mas desgosto mais ainda de luzes apagadas, fazendo-se passar por buracos-de-coelho

x disse...

eu gosto de provocação, desde que não seja gratuita. a questão maior é que não gosto da estética surrealista, mas isso já é coisa minha! ;)