26.4.16

stress pós traumático ou síndrome de pavlov. x suspeita sofrer de um destes pois de cada vez que alguém tem um comportamento que x entenda ser incorrecto, injusto ou apenas estúpido, x começa a hiperventilar, tem acessos nervosos e a cabeça parece que fica meio à toa. x acha que está a precisar de férias. ou então de comprimidos para a cabeça.

15.4.16

X tem-se confrontado com a consciência da finitude. Da morte. Da insignificância de cá. X tem tido dilemas sérios com a vontade de ser mais aqui e a noção que ser mais aqui vale de pouco. X tem lutado internamente com a crueldade do tempo. Com a rudeza das coisas. Com o nada que somos. X tem vindo a concluir que nada pode fazer contra o curso do mundo. E isso não traz tranquilidade nenhuma. Os clichês de algum modo ajudam. Mas esses são só isso, clichês. A vida e bonita. Mas é sempre curta. X quer tanto. X tem tanto que ainda não fez. E o tempo passa. E mata de dia para dia mais um bocadinho de vontade. Ainda assim, x não tem tido razões para queixumes. Nem para arrependimentos. X tem tido uma vida boa. Agora só precisa de risos infantis a encher-lhe o peito. E a casa.

14.4.16



- Oh x, de onde vens tu?
- do Minho!

Melhor medicamento para as quase-dores-de-cabeça de x - vinho, tinto, do Douro.

12.4.16

X anda na ronda dos médicos. X nunca andou na ronda dos médicos. Nem sequer nunca fez análises ao sangue. X acha que está com tiques de hipocondríaca. Se calhar precisa e de beber copos. Muitos. 

9.4.16

E x deixou marcas e a pessoa pequenina levou com mais um "fuck off" na tromba. E x ri. E recupera lentamente a sanidade.

1.4.16



A casa em silêncio. A luz quebrada. X aninhada em si. Como que a pedir que o tempo corresse ao avesso.