10.9.13

por opção, desta vez viajei sozinha. ou melhor, encontrei-me em ulaanbaatar com um pequeno grupo de pessoas que, pelas mais variadas razões, viajavam, também, sozinhas. cada vez me convenço mais que não sou por natureza um ser social. ou, pelo menos, ou sou-o cada vez menos na acepção comum da palavra. e, no entanto, consigo facilmente misturar-me nos outros, ainda que reserve sempre o meu espaço de quietude solitária com reverência. mas estou, ainda que pareça não estar. foi assim que um dos meus companheiros de viagem me definiu ao fim de uns dias de viagem: x, aquela que parece que não está, mas está! e constato demasiadas vezes que quase sempre estou mais presente em silêncio do que aqueles que mostram estar com ruído. mas o que eu queria mesmo dizer é que é curioso como as pessoas fora do seu palco e longe do conforto do conhecido conseguem facilmente resumir-se ao essencial e encontrar harmonia na diferença em virtude da sobrevivência ao inóspito. despidos de coisas, somos todos iguais. é o aparato material que nos afasta da origem das coisas. é isso é uma pena.

1 comentário:

Anónimo disse...

Descobri o teu blog há uns meses atrás e desde então venho a segui-lo com bastante assiduidade. Apesar de algumas diferenças, vou-me identificando cada vez mais contigo. E deixa-me feliz saber que há mais pessoas como eu que não encaixam no "normal", não mudam por isso e são felizes!
Obrigada por partilhares o que vai passando por essa mente!