20.3.14

há sete anos estava x em áfrica num rebuliço avassalador por dentro. foi uma época cheia de descobertas essa. cheia de trocas de palavras com tanta gente diferente. de partilha de emoções. de libertação. nesses tempos, houve alguém que esteve muito presente, sem contudo estar completamente a par da agonia interior que acompanhou o processo de crescimento de x. com esse alguém, x trocava ideias e risos e dores à distância. mas, sobretudo, com esse alguém x trocava sonhos. e sede de mais. x encontrou hoje, por mero acaso, uma dessas mensagens. e riu. porque era mesmo isto que precisava de ler:
 
Julgam ter-te na mão. Isso é o mesmo que querer segurar o vento, o amor e outras coisas não passíveis de serem presas. Logo ir-te-ás embora. Seja para que coisa fôr, tu vais voar. Os outros, aqueles que te foram mais próximos,  ficarão para sempre no baú do teu amor e na sacola das tuas recordações mas não vais parar e encontrarás depressa outras amizades, outros desgostos e outras compensações porque para mim e para ti a vida nunca parará. As coisas, as pessoas, a vida move-se e para quem é curioso, os caminhos teem que mudar. Ficam para trás imagens, boas e más mas vais partir em direcções tão diferentes como tudo daquilo que amas. Desde a pintura á vida, ás viagens, a novas e gratificantes experiencias que estás condenada a viver plenamente. Porque és como eu. És assim. Uma força bela da natureza.
 

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