When the angels breathe - Cry
há uma inesgotável esperança, mas também há muita melancolia. e
fatalidade. há a adrenalina de ir; e o querer ter vontade de ficar. há o querer explicar aos
demais e não o conseguir. e há o caminhar permanente mesmo que o destino não nos seja muito claro. há o não desistir; o ir, ir sempre, até cair de rastos. e há
a claustrofobia; e o esforço para ser aqui; e, depois, há a vontade de liberdade. silêncio. e, de repente, há o descolar do chão; e o mundo correr olhos
dentro; tudo sem aviso. há um querer mais, sem saber exactamente o que é esse mais. há angústia
por ir; e angústia por ficar. há a viagem permanente, mesmo quando se não sai do sítio. e há, também, uma pena desmedida por serem tão poucos os que nos
acompanham. há uma felicidade quase tonta, embora colada a uma tristeza omnipresente. há vida fora do corpo; e um estado semi-letárgico de sonho permanente. no
fim, caímos de joelhos no chão; mas com um sorriso enorme na cara. depois, começa tudo de novo.
em loop. e é por isso que esta música é igual a x.