rasguei-te a pele com os dentes, mordi-te coração e cuspi-o, limpei a boca e segui.
27.7.15
aqui, os dias de x começam cedo. x acorda às 7h. às 8h está a caminho do escritório, onde chega por volta das 8.15h. depois pega numa caneca gigante de café. pega em várias durante o dia. entre reuniões e organização dos trabalhos em curso, as horas passam. os assuntos são vários. e x ainda não os domina suficientemente para se sentir confortável com os mesmos. por isso, x tem de concentrar-se mais do que os restantes. x almoça por volta da 13h. ou 14h. x almoça no escritório, porque, para já, ainda não tem como se deslocar à hora de almoço. x está à espera que se resolvam burocracias em lisboa para poder conduzir cá, no sítio onde está. depois, x continua a trabalhar. até às 18h. ou 19h. x não pode sair mais tarde do que isso. caso contrário perde a boleia com o motorista da empresa. depois, chega a casa. faz qualquer coisa para jantar. come. e fica sozinha o resto da noite. quase sempre. por aqui, os dias são assim, trabalho e solidão. quase sempre. x está assim, em modo autómato. mas, na verdade, a vida de x tem sido muito assim. em modo autómato.
26.7.15
25.7.15
e ao fim da primeira semana a sério o que x tem a dizer é isto:
- o trabalho faz-se;
- a equipa conquista-se;
- ver as coisas por dentro desmistifica-as;
- vai ser menos difícil do que x esperava;
- vai ser mais aborrecido do que quem está de fora imagina;
- vai ficar extraordinariamente bem no curriculo mas, comparando com o tipo de trabalho que x faz em lisboa, x fica com a impressão que tudo isto é um bocadinho bluff;
- só saindo do que conhecemos percebemos o quão bons realmente somos.
- o trabalho faz-se;
- a equipa conquista-se;
- ver as coisas por dentro desmistifica-as;
- vai ser menos difícil do que x esperava;
- vai ser mais aborrecido do que quem está de fora imagina;
- vai ficar extraordinariamente bem no curriculo mas, comparando com o tipo de trabalho que x faz em lisboa, x fica com a impressão que tudo isto é um bocadinho bluff;
- só saindo do que conhecemos percebemos o quão bons realmente somos.
24.7.15
o mundo que x conheceu nos últimos oito e qualquer coisa anos, morreu hoje. é estranho ver as coisas ruir à distância. amanhã, renasceremos. queira o destino que maiores, mais fortes, mais tudo. mas o mundo que x conheceu nos últimos oito e qualquer coisa anos, morreu hoje. e isso é, apesar de tudo, triste.
20.7.15
19.7.15
e x foi jantar com uns amigos. e vestiu umas calças skinny azuis claras e uma blusa de seda branca e um blazer azul escuro, calçou as sandálias de salto e pegou na sua mala nova. ao sair de casa olhou-se no reflexo da porta do prédio e teve um ataque de riso. há dois dias x estava em lisboa a beber café numa esplanada qualquer de chinelas, cabelo desgrenhado e ramelas nos olhos. hoje x está algures em áfrica com um ar hiper urban chic. x é assim, meio imprevisível e algo contra-corrente.
e x disse "até já" ao escritório de lisboa. e depois recebeu mensagens de todos os membros da administração a desejar sorte e a agradecer o facto de x ter aceite esta missão que lhe foi proposta. x sabe que tem os olhos postos em si. e isto é um pouco assustador. mas x está calma. estranhamente calma.
9.7.15
8.7.15
é um misto de sentimentos estranhos. entre o ir e o ficar andamos muito tempo em lado nenhum. x anda algo perdida nestes dilemas. e nesse processo, tudo com o que se cruza parece querer dizer-lhe algo. ontem a meio de uma porcaria qualquer que dava na televisão, uma personagem diz algo como "sítios onde não queremos ir mas onde temos de estar, coisas que não queremos saber mas que temos de aprender, pessoas sem as quais não conseguimos viver mas que temos de deixar...". é mais ou menos isto.
5.7.15
4.7.15
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