Há muito tempo que nada vinha com tamanha violência. Tudo é sentido e vivido ao extremo. No arame. Como que a testar os limites do céu. A avalanche de emoções apanha-nos sem avisar. Num imenso e barulhento Buummm invadem-nos. Toma-nos conta. A mente ultrapassa todos os limites imagináveis de capacidade de processamento. Ficamos muito perto da alucinação. Obrigamo-nos a discipliná-la, tentando reproduzir em cores, sons e palavras um bocadinho do que vemos. O dia e a noite não chegam. Tudo é imenso. Tudo é imenso. Sabemos de onde vem. Só não sabemos ainda para quê. Nada é previsível, e o que se anuncia de cara tapada nem sempre é simpático. Ou então é, mas chegar lá aperta muito. A chamada é feita por arrepios quentes que entram pelas pontas dos dedos e nos transportam para a gravidade zero do ser. Os olhos ficam ofuscados e passamos a ver por um ponto qualquer alojado no centro da testa. E tudo passa a ser de verdade e incondicional. Mesmo que não nos faça sentido. Acabou o intervalo.
3 comentários:
Olá. Serei tomado por intruso, talvez....
Não venho comentar nada. Depois de sacudir o meu baú, empoeirado pelo tempo onde guardo religiosamnte o meu blog que parou no tempo, foi bom ao fazer um "clic", e conseguir reencontrar-te aqui novamente...e rever-te...e reler-te...e "saborear-te". A tua magia continua afinal, no teu blog mágico...como sempre. Não sei se em Africa, não sei se em Portugal....não sei se no espaço sideral.
Seja onde for, o que importa é que continuas "viva" e sempre a inconfundível, enigmática e carismática Susana.
E porque é bom "ler-te" e "ver-te", aqui vou continuar....
Bj, Susana.
"Perfilados de medo, agradecemos
o medo que nos salva da loucura.
Decisão e coragem valem menos
E a vida sem viver é mais segura.
Aventureiros já sem aventura,
perfilados de medo combatemos
irónicos fantasmas à procura
do que não fomos, do que não seremos.
Perfilados de medo, sem mais voz,
o coração nos dentes oprimido,
os loucos, os fantasmas somos nós.
Rebanho pelo medo perseguido,
já vivemos tão juntos e tão sós
que da vida perdemos o sentido..."
Alexandre O'Neill
Já tenho saudades :)
condor: á mais ou menos no espaço sideral é! :)
maestro: ufa!! ;)
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