x tem esta convicção já há muitos anos - novembro muda-lhe a vida. em novembro passado, x foi nomeada e ganhou o prémio máximo da organização onde trabalha. talvez 2015 se tenha começado a desenhar nesse momento. dezembro passou, plácido. janeiro e fevereiro passaram, plácidos mas a ameaçar mudanças. março trouxe a primeira novidade - o irmão mais novo de x foi contratado para trabalhar num estúdio em munique. foi o sonho concretizado. festejou-se. depois veio abril, e com ele mais novidades. x foi convidada para ocupar um cargo desejado por muitos mas que x não pediu e que x nem sequer havia considerado antes. festejou-se de novo, ainda que x tenha sentimentos ambivalentes acerca da partida. mas abril não ficaria por ai. x resolveu em abril a última das coisas que a tolhiam por dentro. desta vez, x ganhou uma batalha de uma guerra que dura, talvez, há vidas. depois, x teve uma série de revelações e fez o que o universo lhe mandou. o mundo começou a mover-se em espirais loucas. e no meio do turbilhão de coisas x vê-se, pela primeira vez, na iminência de viver sozinha. mudanças em curso. casa de pantanas. caos. quando tudo estiver limpo e vazio x vai sentir que o seu pequeno mundo é gigante. as pessoas de quem x gosta estão a partir rumo ao seu futuro. e x continuará a sua viagem. uma viagem que começou já há muito. talvez um dia x encontre o seu lugar. talvez um dia x chegue a casa. por enquanto, x vai indo. em frente. e, desta vez, sem mágoas. e sem ter medo de errar. x confia no instinto. e, sobretudo, na intuição. e ambos lhe dizem que o caminho é por aqui. x vai em paz. missões cumpridas. mas antes de ir, x vai transformar a sua casa cá numa espécie de conto de fadas. porque x move-se assim, a pós de perlimpimpim.
3 comentários:
Ia por ali for ali, a rodopiar na espiral do texto e do tempo, passa Novembro e vem Janeiro, e depois as águas de Março e o Sol de Abril, e ia-me convencendo que tudo ia terminar numa fotografia, não como uma concluão mas apenas porque o texto estava mesmo a pedi-las, e continuo, e x ia dando mais umas guinadas súbitas no texto e na vida mas, no final, não havia fotografia, ainda soprei com força para ver mais nitidamente por entre os pós de prelimpimpimpim pim pim pim mas nada
joão, entre a casa de pantanas, trabalho no fim de semana e poucas horas de sono, ter tempo para escrever meia dúzia de linhas mal amanhadas já é uma sorte. as fotos estão a aguardar que x tenha o tempo necessário para lhes dedicar. mas hão-de vir!
Que o futuro seja caminho sem armadilhas de grande perigo!
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