rasguei-te a pele com os dentes, mordi-te coração e cuspi-o, limpei a boca e segui.
15.4.16
X tem-se confrontado com a consciência da finitude. Da morte. Da insignificância de cá. X tem tido dilemas sérios com a vontade de ser mais aqui e a noção que ser mais aqui vale de pouco. X tem lutado internamente com a crueldade do tempo. Com a rudeza das coisas. Com o nada que somos. X tem vindo a concluir que nada pode fazer contra o curso do mundo. E isso não traz tranquilidade nenhuma. Os clichês de algum modo ajudam. Mas esses são só isso, clichês. A vida e bonita. Mas é sempre curta. X quer tanto. X tem tanto que ainda não fez. E o tempo passa. E mata de dia para dia mais um bocadinho de vontade. Ainda assim, x não tem tido razões para queixumes. Nem para arrependimentos. X tem tido uma vida boa. Agora só precisa de risos infantis a encher-lhe o peito. E a casa.
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2 comentários:
X, se quiseres tenho aqui um riso de 1 mês que te empresto!
X sabe que não ficará por cá para sempre e X quer ter a certeza que os seus bons genes vão cá continuar, pelo menos, por mais uma geração. É isto, não é? E X podia tê-los com mais de 15 anos, mas agora quer daqueles que só têm idade para usar fraldas e emitir sons.
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