e ele chamou x. e x estendeu a mão. x não quer nada dele. mas x sabe que ele precisa de algo que x tem de sobra. esperança. resiliência. fé. e x dispôs-se a dar-lhe isso numa bandeja. sem pedir nada em troca.
rasguei-te a pele com os dentes, mordi-te coração e cuspi-o, limpei a boca e segui.
11.6.18
6.6.18
nos últimos dias, x tem acordado com um fantasma em cima da cabeça.
x já não lhe vê a cara, nem as formas.
mas reconhece em tudo a sua presença.
e, sobretudo, conhece muito bem o espaço oco e escuro que se gera entre o conforto de estar perante um semelhante e a asfixia que esse semelhante lhe causa.
sim, x tem acordado com um fantasma em cima da cabeça.
e o asco e, sobretudo, o ódio que atravessa o tempo, são os mesmos de ontem.
x teme que o amanhã não seja diferente.
porque há almas que se recusam a fazer tréguas.
como se o conflito permanente fosse a sua razão de ser. e, sobretudo, de estar.
porque a derradeira paz dá medo.
e porque, se calhar, até as almas são covardes.
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